Wednesday, January 8, 2014

A primeira do ano.


E já está. Os primeiros 10km do ano já cá cantam.
 
Numa manhã de domingo pouco propicía a actividades outdoor, tal era o mau tempo, aproveitei uma janela de oportunidade e lancei-me porta fora a contar com um verdadeiro diluvío.
Como a sorte proteje os audazes, nem uma pinga de água! Para compensar, estava uma ventania digna de se lhe tirar o chápeu... eu que o diga que quase fazia um sprint para apanhar o meu, que de repente ganhou vida própria e resolveu ir mais depressa do que o dono!
De resto... toca a pagar a conta de 10 dias parado. Muito pesado, principalmente nas subidas. A partir do km 7, todos passaram a ter cerca de 1250 metros, em vez dos 1000 do costume.
Enquanto corria, pensava...
... Mais uma grande referência nacional que desaparece. Eusébio, vulgo pantera negra, eleva-se a um patamar de mito. Desaparece o Homem, surge a lenda. Não sendo grande adepto da bola, não tenho duvídas, que sem ele, o futebol nacional nunca teria chegado onde chegou. Foi o primeiro a abrir caminho para outros grandes nomes portugueses que um dia também farão parte da história... e com sorte terão a sua lenda.
Bom e também ia pensando em não cair, já que a quantidade de lixo trazido pelo Sr. mau tempo para o passeio era grande!
Voltando aos meus pensamentos, que me irá reservar 2014 em termos de corridas?
Depois de um 2013 em crescendo, que foi dos 10 até à maratona, que desafios me irão surgir?
Para já acabar esta corrida e depois esperar que chegue a próxima e assim por ai fora...
Até à proxima e não se esqueçam... "Dont wory, be happy!" And run:-)
 

Monday, June 17, 2013

Porquê correr?

Nos dias que correm e com toda a crise e dificuldades que se sentem, é dificil manter a nossa motivação em alta.
Porque não arranjar um desafio, algo que nos faça ter uma meta, nos mantenha ocupados e nos traga vitórias pessoais? Podemos arranjar um mar de ocupações que cumpram estes requisitos desde que sejamos realistas. Não vale a pena criar um objetivo irreal, que não tenhamos meios para lá chegar, quer fisicos, quer financeiros.
Dai a minha “re”paixão pela corrida. Apesar de nunca ter deixado de lado esta atividade, ficou em segundo plano, perdendo para as bicicletas e para o ginásio.
Este ano, meio impulsionado por um brinquedo novo, o meu Garmin, por falta de tempo para o ginásio e companhia para andar de bicicleta, dediquei-me novamente ás corridas. Não tenho por objetivo chegar primeiro, ou bater o recorde do km mais rápido…
Este é um dos principais motivos de desistencia para quem se inicia nesta atividade. Conhecem sempre alguem que corre mais, e entram em comparações, das quais saem sempre a perder. E ganha a desmotivação
Alguns conselhos:
·         Se só conseguem correr 1 km, não queiram logo correr 10… tentem primeiros os 3… e quem sabe, depois os 5. Sintam-se confortáveis, não interessa o tempo que fazem nem quanto demoram a lá chegar, seja um mês de treino, sejam 3!
·         Não se deixem ir abaixo, quando no nosso grupo de amigos, alegremente contamos a nossa vitória do dia, e logo se ouve uma voz “Isso? Eu faço o dobro em metade do tempo!”. Não desesperem, alguem vai também pensar, apesar de não o dizer, “nem metade consigo, quem me dera…”!
·         Arranjem equipamento de qualidade, confortável e adquado ao que fazem. Existem muitas lojas que oferecem a preços acessiveis roupas e calçado técnico. Faz toda a diferença ir concentrado na corrida, em vez de dividir o nosso esforço, com aquela dor no pé, ou a t´shit “ensopada” que nos faz gelar.
·         Se conseguirem arranjar um companheiro de aventura, de preferencia que partilhe o nosso objectivo e ritmo, ainda melhor. Os quilometros ficam mais curtos… se não tiver essa sorte, compre um MP3, com muita musica alegre e com ritmo!
·         Tome sempre nota das suas corridas, distancia e tempos. Temos sempre a sensação que não evoluimos, porque a nossa memória  é curta. Quando compararmos treinos com distancia de meses ou semanas, temos surpresas agradáveis. Já nos tinhamos esquecido de como eramos realmente mais lentos e que faziamos menos quilometros.
·         Finalmente, crie rotinas com antecedência, os dias que pode correr, quantos quilometros vai fazer e a que velocidade. Se tiver que adiar, mal tenha oportunidade, retome o seu esquema.
·         E acima de tudo, ouça o seu corpo. A corrida deve ser feita com prazer e não em sofrimento. Vai muito rápido e em esforço? Abrande, desfrute… amanhã é outro dia!



Boas corridas!
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Monday, June 3, 2013

Correr 21 aos 42, a corrida.


E finalmente tinha chegado o grande dia. Confesso que estava algo nervoso… a ultima semana de preparação não tinha corrido como devia e falhei alguns treinos importantes, de 18 km e de 12km. Mas sentia-me, e isso acabou por ser o mais importante, capaz de fazer 2 meias maratonas seguidas!
No domingo, o despertar foi cedo.  A viagem para a Régua ainda é longa e carregar a claque de apoio, também conhecida como familia, leva o seu tempo.
Na partida, já estava um camarada de desafio, com o dorsal levantado na véspera e já em estágio. As noticias eram animadoras. A cidade já transpirava, não suor, mas corrida!
Pelo caminho fui mentalmente antevendo as possiveis dificuldades. Além da partida, onde o que interessa, é não ser esmagado pelos “loucos” corredores que querem ir todos á frente, imaginei-me a derreter com um calor louco… a desidratar com falta de água… ter caimbras em músculos que nem sabia que tinha… e a desistir a 100 metros da meta com uma lesão fulminante num tendão! Depois de ter imaginado o pior, só poderia melhorar.
E ai estava o Peso da Régua, simpática cidade plantada junto ao Rio Douro, onde milhares de atletas tinham o seu primeiro desafio…Onde raios vou estacionar o carro?!?

Segunda dificuldade e uma “azelhice” da organização… a Partida seria feita da Barragem de Bagaúste, a 6km da cidade. Com todos os acessos cortados, apenas através dos autocarros da corrida lá se poderia chegar. Ou a pé. Esta segunda hipotese deixou de fazer sentido quando já só faltava uma hora. E á bom Português, a malta só começou a chegar uma horita antes… á paragem do autocarro!


Assim como por milagre a quantidade de camionetas quintuplicou e quando dei conta estava a descer um monte feito louco, a passar por quase 7000 partipantes da mini maratona e a chegar à partida 30 segundos antes de começar a corrida. Aqui, duas dificuldades que não previ… já estava com alguma fome e com uma vontade enorme de me urinar todo…


E “pum” partida!!!
Meio á pressa, comi uma barra que levei  e aguentei a vontade até não poder mais. Que foi ao quilometro 3… Mesmo ali na berma, satisfiz a minha necessidade fisiológia de caráter liquido enquanto centenas de alegres atletas me ultrapassavam… Que alivio!

Durante a corrida:
Nos primeiros km’s a dificuldade é manter uma trajetória. A malta ainda vai muito compacta e os ritmos já são muito diferentes. Ultrapassar e ser ultrapassado é o prato do dia. Quando já ia em ritmo de cruzeiro, passam por nós (a corrida voltava para trás ao km 6) os atletas de elite a um ritmo impressionante. Do nosso lado, palmas e palavras de incentivo. E eu e o Pedro lá iamos á nossa velocidade, vendo alguns sinais de que para alguns, as coisas já não iam muito bem. O ritmo “a passo” era sinal disso!
Ao km 8, uma ultrapassagem a um grupo compacto de corredores, afastou-me do Pedro. Nunca mais o consegui ver! Estava na hora… música nos ouvidos, ritmo controlado e deixa rolar.
Quilometro em quilometro e o primeiro desafio estava superado. 12 km depois a partida estava á vista. A barragem de Bagaúste estava de novo à minha vista. Já só faltavam 9!
A paisagem, a margem do rio Douro é um local excelente para correr.  O percurso falsamente plano (subi  187 metros e desci 211, dados do Garmin) ajuda  a ir em frente. E as curvas não deixam ver o que ainda falta!
O medo do calor também se foi. O valente chuveiro que caiu deu para arrefecer. E da desidratação também. Abastecimentos com água não faltavam. Quando dei conta, o ritmo estava a decair um pouco. Altura para atacar de novo o gel energético que levava. É importante ir bebendo e repondo energias. Se só o fazemos quando estamos no limite, pode ser tarde de mais.
Ao km 18, novo objetivo atingido. Tinha sido a maior distancia que tinha feito num treino. E só três mil e poucos metros me separam da meta. Se até aqui me tinha ido a poupar, estava na hora de atacar… e a régua já estava à vista.
Ao passar a antiga ponte do comboio, convertida num grande passeio pedonal, encontrei a minha fotografa de serviço, que olhava para o horizonte à minha procura e quase nem se acreditava que eu já ali ia, em velocidade acelarada, rumo à meta.


Ainda correu a meu lado para grandes fotos! De seguida, o resto da claque, sogro, sogra e filhote!

E depois, o ultimo quilometro do demônio… Não me acreditando no meu Garmin que me dizia que faltavam 2 km e olhando já para o fim, alarguei a passada. E não é que se passava ao lado da meta, se descia pela avenida em direcção á rotunda  e então ai sim, é que se ia para a chegada? Se durante todos os 20 km anteriores nunca pensei em desistir, este ultimo foi de verdadeira tortura. Passar ao lado da meta e não a atravessar foi a pior coisa que me podiam ter feito. Mas lá investi e ultrapassei a meta com a sensação de missão cumprida. 

A minha chegada! (clicar para abrir link)

Todos os meus objectivos estavam superados!
Consegui fazer a meia maratona, acabei em 1h54m52s, no lugar nº 1986 da geral e em 260 na minha categoria! 
E consegui ir a um restaurante almoçar... afinal a comida de hospital não fez parte do menú:-)

Aqui um ponto negativo para a organização. Todos nós que acabamos a corrida, cansados, suados e a precisar de uns alongamentos, tivemos que estar muito tempo (eu cerca de 40 minutos) numa fila, para entregar o ship e receber os prémios de participação. Fácilmente teria sido evitada esta ultima tortura, se tivessem sido entregues com o dorsal.
No entanto, a corrida em si, com um percurso fácil, bonito e nada maçador, não deve ficar manchada por estes pormenores.

Se alguem me tivesse dito, nos ultimos 20 anos que eu iria correr uma meia maratona, a resposta seria uma grande gargalhada e um “ Estás parvo ou quê?”.

Agora a resposta é… “Será que não faço uma maratona completa?”


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Tuesday, May 28, 2013

Correr 21 aos 42 parte II


Algures em Fevereiro, a ideia de correr uma meia maratona, começou a tomar forma. Sentia cada vez mais que podia passar da vontade á realidade. Faltavam alguns pormenores, tais como “Onde” e “Como”…
Onde, acabou por ser fácil, a Meia Maratona do Douro Vinhateiro em Maio, com um percurso plano e que já ia na sua oitava edição.
E o como? Como se treina para uma meia maratona em menos de três meses? Não estava fácil… Livros, muito poucos… internet, algumas barbaridades!
Mas depois de muita pesquisa encontrei um grande aliado! O Site http://my.asics.pt/ deu-me uma grande ajuda. Com algumas informações que nos pede, apresenta-nos um plano de treino ajustado ao nosso tempo disponivel, ao nosso ritmo e forma e ao objectivo a alcançar. Básicamente é composto por quatro fases:

  1. Uma fase de adaptação á corrida, com treinos ligeiros e a um ritmo baixo.
  2. De seguida, uma fase de “consistência”, com um aumento de quilometragem e ritmo.
  3. Depois começou a “doer” com corridas longas (12, 15 e 18 km) e com menos tempo de descanso entre    elas.
  4.  Finalmente a descompressão, na ultima semana, com uma corrida curta a ritmo de competição e duas de verdadeiro jogging. E depois…. TUNGA, pega lá 21 KM!
Ao longo dos treinos e apesar de ter um plano a seguir, foi importante sentir  e reagir, mais ainda do que seguir á risca. Apesar das indicações que variavam entre ritmo lento, confortável e de competição, em cada corrida, fui adaptando quer a distância quer a velocidade á minha “disposição”. Por vezes, ritmo de competição era 5m30s/hora, outras vezes 5m15s/h. Algumas vezes, distâncias de 8 km passaram a 10km e as de 12km passaram a 10km.
Nunca forcei em momento algum, porque acredito que exercicio deve ser um prazer e não um sacrificio. Devemos ter objectivos a atingir, mas que estejam ao nosso alcance.
E assim sendo, depois de 19 treinos, 198,6km, 18 horas e a um ritmo médio de 5m34s/ km, parti para a aventura com tês objectivos:

  • Acabar a meia maratona.
  •  Acabar antes das 2 horas de prova.
  • E não acabar a comer comida de hospital!

Será que consegui?

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Saturday, May 25, 2013

Correr 21 aos 42...

Curiosamente, foi exatamente no dia dos 41 anos de idade, que sem saber, começou uns dos meus desafios pessoais para os 42... e 2013!

Recebi como presente de anos um briquedo novo, um relógio com gps da Garmin. E recebi também um desafio.. "Agora já não tens desculpas para não correres uma maratona!"
E meio a rir, meio a pensar, a coisa foi-se entranhando na minha mente...
21 km era (e porque será que digo era...) algo inatangivel para a minha pessoa, até porque o máximo que tinha corrido foram uns 15 km's e que me tinham parecido duas maratonas seguidas.
E a minha forma a essa data seriam uns estonteantes 6 minutos por quilometro, com um máximo de 10 km´s que me deixavam três dias sem me poder mexer. 
Entrou 2013, com umas corriditas nada promissoras como preparação para uma meia maratona... Mas o Garmin estava lá. E dizia-me que corria cada vez mais rápido... E as pernas diziam-me que já não custava tanto. E os meus 42 anos diziam-me era para ter juizo!
E o que será que aconteceu 19 treinos, 198,6km´s e durante 18 horas depois?

A prova que quando queremos e acreditamos, as coisas realmente acontecem!

Monday, September 26, 2011

O maior nocturno da minha vida...

Esta aventura começou em 2009, com diversas tentativas falhadas pelos mais diversos motivos...

Assim de repente estavamos em 2011... e ir a Fátima de bicicleta, só através das histórias dos outros!

A título de brincadeira, eu e o Bruno, fomos falando... e meio a sério, meio a brincar a coisa foi ficando alinhavada.

O primeiro passo foi criar um evento no Facebook:


Depois toca a convidar os potencias candidatos e os respectivos apoios... sim, porque para lá chegarmos, no mínimo, precisávamos de ter alguém à nossa espera. Ir é uma coisa.... ir e vir de bicicleta... fica para a próxima!  

Cada um à sua maneira começou os treinos. Uns na estrada, outros no sofá a verem essas magnificas provas provas tipo "Tour de France"!

E chegou o dia de tirar "a prova dos nove"", quem ia e quem ficava.

E assim ficou:


Bruno Pinho
A Bike do Bruno


Pedro Pinho

A bike do Pedro... ou quase!
Filipe Cardoso
A Bike do Filipe


Eu mesmo

A minha Bike
E assim, sexta-feira, dia 17 de Junho estava tudo pronto, combinado e em pulgas para arrancar.

A primeira surpresa veio do S. Pedro que enviou uma chuvinha durante a tarde, que quase nos obrigou a adiar a coisa, quem sabe desta vez para 2020...

Mas à meia noite, ai estavam os 4 mosqueteiros em Santa Maria da Feira prontos para arrancar, no que viria a ser o maior nocturno da minha vida... e creio que dos outros também!


A segunda surpresa ai estava... ficou decidido ir de noite para fugir ao calor de um dia de quase verão. Mas estava uma noite fria como o catano!


E arrancamos!


Os primeiros quilómetros rolaram sem surpresas e sem dificuldades.
Até passar Aveiro, a coisa, mesmo de noite, parecia estar a ser fácil.


Até que nos aparece uma placa de desvio... "Ponte em obras"!
Tchi... e agora? Quais aventureiros, arriscamos pelo tabuleiro em construção, sempre à espera que a coberto da escuridão, o chão se fosse e... Banho para todos!!!!!


Mas deu para passar!


Quando já rolavamos a um ritmo de cruzeiro, demos conta do Filipe a ficar para trás. 
Ora, já cá faltava um furo. Numa estrada escura como a noite. E com uma selva assustadora dos dois lados. Até devia ter animais selvagens e perigosos, tipo grilos... moscas... e MEDO... um coelho ou outro.


Os ciclista deram lugar aos mecânicos profissionais e enquanto o Bruno resolvia o problema, o Pedro olhava para ele, o Filipe olhava para os dois, eu ia sinalizando com os meus poderosos holofotes, a nossa presença aos camiões que nos abanavam com a sua passagem.


Na Figueira da Foz, após uma recta interminável, e logo a seguir à ponte, tinhamos o nosso abastecimento, cortesia da Diana. Houve uma tentativa de sabotagem, quando a rotunda combinada foi mudada para outro lugar da cidade que não aquele. Mas graças a tecnologias de teletransporte, conseguimos coloca-la no sitio onde devia estar!


E seguimos... com o nascer do dia, o cansaço começou a aparecer. Afinal já íamos com 6 horas de viagem. Paragem para reabastecer, desta vez com cafeína.
O Bruno brilhou com o comentário "Estou estúpido!", e ganhou o prémio da noite "Ainda bem que disse a verdade"... 


E no nosso horizonte aparece Leiria! Estava quase... pelo menos pensávamos nós... 


Eu já vos disse que íamos com um GPS? E que ele ia com a indicação de ir pelo caminho mais curto? E ele foi!
Levou-nos pela Serra, por 20km de escalada, onde cada curva, dava a outra subida mais inclinada, qual parede. O Pedro foi atacado pelas caimbras e cada pedalada era um autentico castigo. E no fim da subida, aparecia outra ainda pior que a anterior.
  
Mas o cheiro de Fátima estava perto. E se o Pedro lutava contra as caimbras e contras as subidas e não desistia, nós não podíamos ficar mal.


E assim, qual milagre, apareceu à nossa frente o Santuário...


176 km depois...
Uma viagem de 10h47m, dos quais 8h30m a pedalar...
Uma média de 20.7 km/hora...


Estava o nosso desafio cumprido!


Fica aqui o meu obrigado aos meus companheiros de aventura que até ao fim aguentaram sempre com um sorriso... e não me quiseram espancar por me ter fiado no GPS e termos escalado os Himalaias júniores. 

Wednesday, June 22, 2011



Uma breve história:

O cavalo garrano é um equino de pequena estatura e é um dos representantes ibéricos do cavalo de tipo celta, proveniente das regiões montanhosas do nordeste ibérico. Descendente da fauna glaciar paleolítica, o garrano concentra-se, actualmente, em grupos familiares no nordeste de Portugal. Apesar da sua estatura apresenta-se como um animal corajoso e resistente, tendo sido utilizado, nos tempos da Lusitânia de Viriato, nos confrontos com legiões romanas.

Nas primeiras décadas do século passado, com a submissão das serras portuguesas ao regime florestal, o garrano quase chegou a desaparecer.

Em 1945, por determinação do sub-secretário de Estado da Agricultura, são seleccionados 21 garranos, do efectivo pecuário local, e libertados no vale do Homem, entre as serras Amarela e do Gerês. O objectivo era fomentar a criação de reservas de animais autóctones em todos os perímetros florestais onde isso fosse possível. Alguns dos animais não se conseguiram adaptar, o que tornou necessário efectuar sucessivas aquisições até obter um núcleo de animais tipicamente serranos.Actualmente estão registados cerca de dois mil indivíduos - 1500 adultos e 500 poldros
- dispersos por dezassete concelhos nas províncias do Minho e Trás-os-Montes.

E é uma das minhas perdições sempre que vou ao Gerês... desta vez nem tive que os procurar! 
Eles encontraram-me...
















Gerês, estrada da Mata de Albergaria, 16 Junho de 2011