Esta aventura começou em 2009, com diversas tentativas falhadas pelos mais diversos motivos...
Assim de repente estavamos em 2011... e ir a Fátima de bicicleta, só através das histórias dos outros!
A título de brincadeira, eu e o Bruno, fomos falando... e meio a sério, meio a brincar a coisa foi ficando alinhavada.
O primeiro passo foi criar um evento no Facebook:
Depois toca a convidar os potencias candidatos e os respectivos apoios... sim, porque para lá chegarmos, no mínimo, precisávamos de ter alguém à nossa espera. Ir é uma coisa.... ir e vir de bicicleta... fica para a próxima!
Cada um à sua maneira começou os treinos. Uns na estrada, outros no sofá a verem essas magnificas provas provas tipo "Tour de France"!
E chegou o dia de tirar "a prova dos nove"", quem ia e quem ficava.
E assim ficou:
Bruno Pinho |
A Bike do Bruno |
Pedro Pinho |
A bike do Pedro... ou quase! |
Filipe Cardoso |
A Bike do Filipe |
Eu mesmo |
A minha Bike |
E assim, sexta-feira, dia 17 de Junho estava tudo pronto, combinado e em pulgas para arrancar.
A primeira surpresa veio do S. Pedro que enviou uma chuvinha durante a tarde, que quase nos obrigou a adiar a coisa, quem sabe desta vez para 2020...
Mas à meia noite, ai estavam os 4 mosqueteiros em Santa Maria da Feira prontos para arrancar, no que viria a ser o maior nocturno da minha vida... e creio que dos outros também!
A segunda surpresa ai estava... ficou decidido ir de noite para fugir ao calor de um dia de quase verão. Mas estava uma noite fria como o catano!
E arrancamos!
Os primeiros quilómetros rolaram sem surpresas e sem dificuldades.
Até passar Aveiro, a coisa, mesmo de noite, parecia estar a ser fácil.
Até que nos aparece uma placa de desvio... "Ponte em obras"!
Tchi... e agora? Quais aventureiros, arriscamos pelo tabuleiro em construção, sempre à espera que a coberto da escuridão, o chão se fosse e... Banho para todos!!!!!
Mas deu para passar!
Quando já rolavamos a um ritmo de cruzeiro, demos conta do Filipe a ficar para trás.
Ora, já cá faltava um furo. Numa estrada escura como a noite. E com uma selva assustadora dos dois lados. Até devia ter animais selvagens e perigosos, tipo grilos... moscas... e MEDO... um coelho ou outro.
Os ciclista deram lugar aos mecânicos profissionais e enquanto o Bruno resolvia o problema, o Pedro olhava para ele, o Filipe olhava para os dois, eu ia sinalizando com os meus poderosos holofotes, a nossa presença aos camiões que nos abanavam com a sua passagem.
Na Figueira da Foz, após uma recta interminável, e logo a seguir à ponte, tinhamos o nosso abastecimento, cortesia da Diana. Houve uma tentativa de sabotagem, quando a rotunda combinada foi mudada para outro lugar da cidade que não aquele. Mas graças a tecnologias de teletransporte, conseguimos coloca-la no sitio onde devia estar!
E seguimos... com o nascer do dia, o cansaço começou a aparecer. Afinal já íamos com 6 horas de viagem. Paragem para reabastecer, desta vez com cafeína.
O Bruno brilhou com o comentário "Estou estúpido!", e ganhou o prémio da noite "Ainda bem que disse a verdade"...
E no nosso horizonte aparece Leiria! Estava quase... pelo menos pensávamos nós...
Eu já vos disse que íamos com um GPS? E que ele ia com a indicação de ir pelo caminho mais curto? E ele foi!
Levou-nos pela Serra, por 20km de escalada, onde cada curva, dava a outra subida mais inclinada, qual parede. O Pedro foi atacado pelas caimbras e cada pedalada era um autentico castigo. E no fim da subida, aparecia outra ainda pior que a anterior.
Mas o cheiro de Fátima estava perto. E se o Pedro lutava contra as caimbras e contras as subidas e não desistia, nós não podíamos ficar mal.
E assim, qual milagre, apareceu à nossa frente o Santuário...
176 km depois...
Uma viagem de 10h47m, dos quais 8h30m a pedalar...
Uma média de 20.7 km/hora...
Estava o nosso desafio cumprido!
Fica aqui o meu obrigado aos meus companheiros de aventura que até ao fim aguentaram sempre com um sorriso... e não me quiseram espancar por me ter fiado no GPS e termos escalado os Himalaias júniores.
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