Sunday, March 18, 2007

Não há uma sem duas...

E talvez duas sem três...Mas isto será outra história!!!

Sabem o que aconteceu no dia 18 de março de 2007?

Milhares de coisas, se calhar todas mais importantes que isto. Mas para nós... nada mais interessou!

Desta vez, e ainda a meio da noite para não quebrar a tradição, lá nos voltamos a encontrar. E com uma inovação. Não na bomba da Bp, mas sim... na bomba da Galp, na estação de serviço da trofa na autoestrada.


Destino - Gerês!!!
Objectivo Principal - Alcançar as ruínas das minas dos carris!!!
Objectivo Secundário - Não partir os dentes!!! Pelo menos todos...
Meios - Como lá ainda não passa o metro, ir pelas nossas patinhas... quer dizer, pezinhos. Patinhas, só no fim!

Todos juntos e lá seguimos viagem, com apenas uma certeza e uma duvída... quanto tempo andariamos perdidos em Braga...
Depois de algumas apostas, saimos da tóestrada (que toda gente sabe que é uma autoestrada feita por trabalhadores chamados Tó!) e entramos na labirintíca Bracara Augusta... Resultado... não nos perdemos. E demos logo com a saída. Ficamos tão tristes que quase voltamos para trás para efectivamente nos perdemos. Bem... ficou para a próxima.

Chegando á magnifíca vila do Gerês, toca a rumar ao centro comercial local (que não passa de 2 corredores com lojas) que têm um cafézinho, para o nosso reforço alimentar.

Aqui assistimos em directo á concretização, não de um, mas sim de dois mitos urbanos. O primeiro, o do verdadeiro café, mais... BAGAÇO! Ás 8h30 da manhã... Até se nos arrepiou o estomago...
E o segundo, não menos chocante, da verdadeira mulher portuguesa, com um enorme BIGODE. E claro, alguma barba... Tipo Pai Natal. Só que preta.

Nós vimos, não podemos negar. Oito pares de olhos viram!
Isso dá 16 olhos. E quem virou as costas, dá mais...

Ainda em estado de choque deixamos a vila rumo ao nosso destino.

Portela do homem, 700 metros de altitude.
Pela frente tinhamos 6 horas de caminhada e uma ascenção por um antigo estradão que nos iria levar até aos 1504 metros e ás ruínas das antigas minas de Volfrâmio, fechadas e infelizmente, em completa ruína.

Estão curiosos? Visitem http://peneda-geres.naturlink.pt/

E nós, afinal quem somos?



Em cima, da esquerda para a direita:

O Rui, uma estreia nas caminhadas.

Jorge, pronto para tudo.Veterano. Segunda caminhada. Lá em cima... nunca!

O Sadi. Terceira tentativa este ano... seria desta?

A Filipa, nome de guerra Pipinha, outra estreia.

O Rui, o mais que tudo da Pipinha, tambem a estrear.

Embaixo, os piquenos...


Á esquerda, o Hugo, veterano. Com bota nova... Segunda caminhada. Ás minas... nunca!

No meio, a Sónia. Veteraníssima. Já lá tinha ido acima uma vez.


E eu , fóssil Ricardo, com 4 ou 5 ascenções. Isso, tenho mesmo a manía, eh, eh, eh!


E lá iniciamos o nosso percurso, felizes e sorridentes. E assim um bocado pró vestidos.


10 minutos a caminhar e qual clube de strip toca a tirar a roupa. Mais 5 e ... quero fazer chichi... muito! Toca a proseguir Malta que eu fico para trás com a Sónia... Senão ela não se vai CALAR! E chiiiiiiiiii, que alivío!

Mais á frente, estava eu a dizer, "Cuidado que deve ter para ai um pedregulho caido lá de cima" Qual pedregulho, foi mesmo a familía toda que se mandou cá baixo. Toca a saltar. Até me fez lembrar os jogos sem fronteiras. Que saudades..

E toca a fazer uma pausa, que a caminhada já ia longa. 2H30m de subida por uma pista de cascalho. Forças retemperadas, mais um chichi da praxe e toca a passar uma ponte, de óptimo aspecto por cima, mas por baixo.... aiiiiiiiii...


E assim, com umas surprendentes 3h20m chegamos ao nosso destino, as minas, não sem antes avistar os nossos Garranos, os cavalos ainda semi selvagens.


Para quase todos foi uma surpresa, assim de repente aparecerem estas ruinas, no meio do nada.

Para mim, foi uma tristeza. Cada ano que passa, tudo está cada vez mais estragado. Cada vez menos se consegue perceber o que foi o quê, em tempos idos. Devia ser possível, recuperar algo, nem que fosse como tributo a quem lá trabalhou. E fazer valer a pena a subida. Gasta-se tanto dinheiro mal gasto... Enfim...


Nestas ruínas existe ainda uma rua em prefeito estado, com as casas sem janelas , nem portas, que eu apelidei simpáticamente de 5ª avenida...Então, concordam comigo?

Entretanto o Rui, sobre o qual desconheciamos a sua apetência pela religião Árabe, decidiu que estava na hora de rezar...

Dizem as más linguas que ele só fez esta palhaçada para tirar a foto da 5º Avenida... as coisas que inventam. Estava com toda a certeza a rezar. Olhem bem para a posição... nem têm uma camara fotográfica na mão, nem nada...

Religiões á parte e estava na hora de encher o estomâgo. Fomos para junto da lagoa e toca a atacar o farnel.




Como sobremesa tivemos direito a uma visita pelo que resta da mina. Vimos um dos túneis, o edificío da lavagem do minério, um poço de entrada e alguns artefactos que ainda vão restando. Como devia ser dura a vida destas pessoas...


E tambem encontramos estes cromos...


E sem se notar, chegou tambem, a hora de partida,

sim porque o relógio não perdoa.

Vamos lá enfrentar novamente o trilho.

E não é esta porra custa sempre mais a descer? E para baixo todos os santos ajudam...
Mais duas horitas e uns miseros 50 minutos e eis-nos chegados novamente ao ponto de partida.

Cansado, mas felizes por mais um dia bem passado.

Tudo correu bem, ninguêm sequer deu motivo para rir com um simples espalho, enfim, o sal da vida. Não os espalhos, mas rir!

E durante algum tempo na nossa memória ficarão algumas imagens...

Pelo menos enquanto tivermos aquele cansaço no corpo que só um dia bem passado nos pode dar...

E quem sabe... Até já!!!

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